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Exercícios Respiratórios

Procure conhecer e praticar diariamente exercícios de respiração. Isso tem tudo a ver com processos de cura, desintoxicação e purificação.

Além de variar os tipos de respiração, é preciso aprender a sentir e a distinguir as sensações corporais ocasionadas pelos vários tipos de respiração.

Muitos são os “bons” modos de respirar. Muitas são as sílabas e as frases mágicas (mantras). “Om” () manifesta um modo de respirar inerentemente significativo. No livro referenciado sobre o Tantra ao final, há um capítulo espetacularmente bem descrito todo em cima apenas da questão do Om (), inclusive com muitas dicas bastante claras de como praticá-lo e vivenciá-lo.

Seguem oito exercícios inicialmente propostos para o maior envolvimento com a percepção e vivência da  respiração consciente. Os exercícios 1, 2 e 3 são especialmente indicados para se perceber a respiração.

1) Deitar de costas; parar de respirar até se tornar bem incômodo; ao voltar a respirar, seguir a “vontade” de respirar que se propõe – e que não é uma inspiração ampla. Repetir algumas vezes.

2) Encher os pulmões lentamente até a capacidade máxima; soltar o ar, deixando-o sair livremente, até que o peito pare sozinho em seu “ponto morto” natural; Expirar todo o ar que puder – sem forçar, esvaziar o peito “até o fundo” e deixar livre para que retorne ao “ponto morto”. Repetir algumas vezes. Serve como treino para a percepção da mecânica respiratória.

3) Entrelaçar os dedos das mãos sob a nuca; encher os pulmões devagar, até sua capacidade máxima; parar alguns segundos, sentido os esforços nas faces laterais do tórax (intercostais); depois deixar o ar sair livremente.

4) Para sentir o que significa “EXPIRAÇÃO PASSIVA” (muito importante durante a prática da hiperventilação): tapar uma narina usando o dedo indicador direito e, com o polegar, comprimir a outra narina, deixando apenas uma passagem bem estreita para o ar; Inspirar de forma bem perceptível o esforço de inalar o ar. A passagem deve ser bem estreita e o esforço bem nítido; Depois de completar a inspiração forçada, deixar o ar ir saindo pela mesma abertura. Notar que agora a expiração se faz longa; Depois de ter regulado a passagem do ar pelo nariz e de tê-la tornado exígua, fazer várias inspirações forçadas – mas abrindo a passagem do ar na expiração; Depois, fazer várias inspirações sem obstáculo, mas recompor o fechamento na expiração, que assim se faz bem lenta, permitindo sentir com clareza o quanto a expiração é passiva. Alternar uma expiração, deixando o ar sair livremente pela abertura estreita, e uma expiração forçando a saída do ar pelo orifício apertado. Marcar bem a diferença entre deixar o ar sair e soprar o ar para fora.

5) Respiração com narinas alternadas – Juntar o dedo indicador com o polegar e fechar a narina do mesmo lado desta mão com o dedo médio. Soltar o ar todo e após inspirar pela narina que ficou aberta. Tapar a outra narina com a outra mão, mantendo a mesma posição dos dedos da outra mão. Soltar o ar totalmente pela outra narina e inspirar por ela. Fazer isso o mais profunda e suavemente que conseguir. Repetir o processo várias vezes. Este é um dos exercícios de respiração mais eficientes a médio e longo prazo para o obtenção de equilíbrio, de uma forma em geral. A sensibilidade da pessoa vai aumentando gradativamente, já no dia-a-dia, em relação a qualquer eventual bloqueio nas narinas. Esta prática tem tudo a ver com equilíbrio (forças yin / yang etc), sendo um dos únicos exercícios de respiração que pode ser realizado tranqüilamente enquanto se dirige, por ter o poder de aumentar a lucidez e atenção sem gerar alterações de consciência. Uma variante bastante sutil, interessante e eficiente desta prática é, quando estiver dormindo de lado, deixar para cima o lado correspondente à narina que eventualmente mais bloqueada, ela tenderá a se abrir, equilibrando-se à outra. Poderá ocorrer da outra ficar bloqueada, neste caso, deve-se trocar o lado novamente (esta troca de lado não costuma ocorrer muitas vezes durante a mesma noite).

6) Respiração abdominal – para a prática da respiração abdominal, bastante focada em muitas práticas de yoga, veja o texto do Dr. Ciro Masci, divulgado em sua página na seção específica que trata sobre a questão da respiração associada ao combate à Síndrome de Pânico. Segue apenas a seguinte ressalva: Masci cita que a respiração torácica é a “respiração de quem está fazendo um exercício físico intenso. E é também o tipo de respiração de quem está sob pressão. (…) O resultado é acúmulo de ar viciado, pobre em oxigênio, além de tensão muscular.” Esta afirmação está correta para o que poderemos considerar “situações normais de percepção”. A prática da hiperventilação proporciona a vivência da respiração torácica também sobre outra perspectiva. Os exercícios para atenuar a ansiedade citados anteriormente também são decorrentes da aplicação com sucesso da respiração torácica. Como já foi citado no começo deste texto, não existe um modo certo ou errado de respirar. O mais importante é que a pessoa tenha liberdade de conhecimento (a partir da própria vivência) e conseqüentemente de alternativas e escolhas.

7) Respiração Caótica – respirar caoticamente (sem constância de ritmo) pelo nariz, focando a expiração. O corpo se encarregará da inalação. Fazer isto o mais rápido e o mais forte possível, continuar ainda mais e mais forte, até se tornar literalmente a própria respiração. Usar os movimentos naturais do corpo para ajudá-lo(a) a levantar a sua energia. Senti-la subindo, mas não deixando que nada se extravase. Ficar atento para inspirar também pelo nariz, pois muitas pessoas apresentam tendências a fazer inalações pela boca. Mantendo essa respiração de 3 a 10 minutos como exercício de autoconhecimento e autopercepção, a pessoa poderá lançar mão dela em diversas situações durante o dia-a-dia em versões mais suaves e/ou mais rápidas, atingindo benefícios diversos, dentre eles, a quebra de freqüência de padrões psicoemocionais.

8) Bocejar por um período de 10, 15, 20 ou até mesmo por 30 minutos seguidos. Os bocejos envolvem diversos aspectos numa única atividade, dentre eles alongamento e respiração de uma forma sutil, porém bastante poderosa. Como toda prática visando expansão de consciência e cura, os bocejos devem ser praticados em profundidade para se ter tais efeitos. A questão não é a de dar duas ou três bocejadas como quando estamos com sono. Faça um teste se propondo a bocejar pelos períodos aqui propostos . Os efeitos e as descobertas são impressionantes.

Fonte: vivenciaemcura.com.br